Foram ainda acrescentadas, pelos Delegados, novas informações do que se passou nos locais de trabalho e foi também manifestado o sentimento generalizado de motivação dos trabalhadores para a continuação da luta em defesa dos seus direitos consignados no AE.
Novas ideias para a continuação da luta foram lançadas.
MOÇÃO
- Considerando todo o ataque que os trabalhadores da CGD têm sofrido com os cortes salariais, a eliminação dos 4 anos na carreira, o corte no subsídio de almoço, as pressões diárias para o alcance de objetivos irrealistas, aceitação de reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo, o encerramento de balcões e as transferências inerentes;
- Considerando o protelamento sucessivo, por parte da administração da CGD, das negociações da Tabela Salarial e cláusulas de Expressão Pecuniária para 2018;
- Considerando a atitude de má-fé da Administração ao denunciar o AE STEC/CGD publicado em 2016, durante o processo de revisão salarial em curso e sem qualquer fundamento que o possa justificar;
Os Delegados Sindicais do STEC na CGD reunidos na Sede em 6 de setembro de 2018, decidem:
- Saudar os trabalhadores que aderiram à Greve no dia 24 de agosto, cuja participação ultrapassou os 70% de adesão, resultando numa paralisação histórica a nível nacional;
- Saudar igualmente os trabalhadores e aposentados que, vindos de todo o país, marcaram presença na concentração em frente à sede da CGD no dia da greve;
- Saudar o esforço coletivo de mobilização, esclarecimento e informação que antecedeu a greve e foi decisivo para o seu êxito, bem como a ampla cobertura que lhe foi dada pela Comunicação Social, nomeadamente pelas televisões;
- Saudar e valorizar a participação dos trabalhadores mais jovens tanto na greve como na concentração, demonstrando assim a preocupação pelo seu futuro e pelo futuro da CGD;
- Demonstrar o seu repúdio pela denúncia do AE e pela proposta apresentada, que pretende arrasar com os direitos conquistados pelos trabalhadores ao longo de décadas;
- Repudiar também a forma insultuosa como a Administração retratou a greve, mentindo sobre a adesão tentando desvalorizar e apelidando-a de irracional;
- Repudiar a forma caluniosa como foram tratados os trabalhadores da CGD por meia dúzia de irresponsáveis “fazedores de opinião” que os apelidaram de privilegiados e a divulgação dada nalguns órgãos de comunicação social, apelando à direção para a necessidade de uma resposta pública de esclarecimento e desagravo;
- Apelar aos trabalhadores que ainda não responderam ao inquérito do STEC “CGD: QUE CLIMA SOCIAL” , que o façam, como forma de retratar o verdadeiro ambiente que se vive atualmente nos locais de trabalho;
- Contestar a forma restritiva e subjetiva como foi decidida e regulamentada a atribuição do anunciado “Prémio de Desempenho”, que fomenta a divisão e o arbítrio, ao mesmo tempo que ignora a Lei Orgânica da CGD quanto à distribuição legitima da Participação de Lucros pelos trabalhadores;
- Manifestar, uma vez mais, o seu empenhamento na defesa de uma CGD pública, forte ao serviço das populações e do País e exigir dos órgãos de soberania respostas e responsabilidades sobre o que efetivamente se pretende para o futuro da CGD, do Banco Público;
- Apoiar a direção na defesa da proposta do STEC em todo o processo negocial que agora se vai iniciar;
- Manifestar a sua disponibilidade para a continuação da luta que se mostre necessária na defesa dos atuais direitos, de salários justos e do reconhecimento e respeito pelos trabalhadores, por parte da administração.
Comunicado_09_2018_website.pdf

