Depois de anos de crise e de congelamento de salários, os trabalhadores portugueses começam a ver a luz ao fundo do túnel.
O Salário Mínimo Nacional foi aumentado, em outubro, de 485 para 505 euros; os funcionários públicos estão a receber, desde janeiro, 20% dos cortes que lhes haviam sido feitos durante a vigência do programa de ajustamento financeiro; e no setor privado as empresas estão a negociar aumentos salariais.
Segundo o Jornal de Notícias, as subidas nos rendimentos mensais dos trabalhadores situam-se entre 1% e 5%.
No caso das indústrias do calçado e do vestuário e confeções as subidas são de 3,3% e 3,8%, respetivamente.
Na hotelaria algarvia, os trabalhadores estão a receber mais 2% e no setor do comércio no Porto o aumento é de 3%.
Mais especificamente, os CCT, a Central de Cervejas e o Futebol Clube do Porto aumentaram os salários em 2%, a Tabaqueira em 2,1% e a ANA – Aeroportos de Portugal em 2,7%.
Mas há casos, segundo os sindicatos, em que os aumentos salariais são mais expressivos. A Vítor Guedes, empresa de óleos alimentares, e a Planeta Plásticos, aumentaram o montante mensal pago aos trabalhadores em 5% e 4%, respetivamente.
Em declarações ao Jornal de Notícias, Armado Farias da CGTP referiu que “ainda não se pode inferir que há uma maior disponibilidade do patronato para aumentar os salários” e António Saraiva, presidente da confederação da indústria sublinhou que “muitas [empresas] ainda não podem [subir salários] porque estão moribundas”.

