O STEC considera que os partidos do anterior Governo estão a ser irresponsáveis e teme o desgaste trazido pela comissão de inquérito, que arranca esta terça-feira. O sindicato avança que o Governo também tem esse receio.
O sindicato que representa funcionários do grupo Caixa Geral de Depósitos não gosta de ver o nome da instituição no centro de polémicas. "Desgaste" é uma expressão repetida num comunicado publicado esta segunda-feira, 4 de Julho, em que fala do banco público. O STEC aponta até o dedo a dois partidos.
"A CGD está a ser irresponsavelmente usada pelos partidos do anterior Governo para palco de acção política, com o resultado previsível da anunciada comissão parlamentar de inquérito vir a ser algo de extremamente desgastante para a imagem da instituição", indica o comunicado do STEC – Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo Caixa Geral de Depósitos, referindo-se ao PSD e ao CDS.
Esta terça-feira, 5 de Julho, arrancam os trabalhos da iniciativa parlamentar que tem o banco público como objecto e que foi promovida pelo PSD, e que, por ter sido imposta pelo partido, contra a vontade do PS, são os sociais-democratas a presidir ao inquérito.
Segundo o STEC, o actual Governo, do PS com o apoio parlamentar do BE, PCP e PEV, está "bastante preocupado com o desgaste da imagem da CGD, nomeadamente com o que se vier a passar na comissão parlamentar de inquérito".
De acordo com o sindicato liderado por João Lopes, a CGD já está a ver a sua imagem e credibilidade desgastadas pelas várias "declarações, opiniões, comentários e especulações" que têm sido emitidas.
O comunicado foi publicado esta segunda-feira depois de um encontro entre o STEC e o secretário de Estado do Tesouro, Ricardo Mourinho Félix, onde foi confirmado que o plano de reestruturação prevê reduzir 2.500 trabalhadores até 2019.

