Sem surpresas a Administração da CGD apresentou uma subida de 2% dos lucros no período entre janeiro e setembro de 2025 face ao período homólogo do ano anterior.
Lucros brutais de 1.400 milhões de euros, em que os custos com pessoal continuam a descer.
O emagrecimento continua… menos agências, departamentos centrais mais reduzidos, menos trabalhadores, mais alienação de património, menos estrutura orgânica, mais gente a administrar… O Banco público está na moda, assumindo a cada dia que passa uma silhueta mais delgada e onde a fama dourada o veste em modo de festa!
Com o esforço de quem trabalha na CGD, a Administração consegue entregar ao Estado dividendos históricos, continuando assim a construir uma imagem de sucesso na opinião pública.
Mas pergunta-se, o que tem a Administração a dizer sobre a valorização e bem-estar dos trabalhadores e do serviço prestado aos clientes?
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Referimos-mos em concreto às condições de trabalho: a falta de trabalhadores; a proteção e segurança sobretudo em locais com apenas um trabalhador; o apoio técnico insuficiente ou ausente para aqueles que diariamente dão a cara, enfrentam riscos e são alvo de crescente escrutínio, sabendo que um erro pode resultar em despedimento; o trabalho realizado em casa fora de horas e o não pagamento das horas extraordinárias que continuam a ser realizadas, originando sucessivas coimas da ACT; a falta de resposta, frequentemente adiada até à exaustão ou doença do trabalhador, aos pedidos de teletrabalho, transferência ou outras adaptações que permitam compatibilizar a vida profissional com a pessoal; o aumento da pressão e do assédio com o consequente aumento de casos de burnout… |
A CGD já ganhou o prémio de melhor empresa no respeito pelo envelhecimento ativo, já ganhou o prémio de empresa familiarmente responsável… mas que correspondência têm estes prémios com as práticas da Empresa? Por detrás das distinções e do marketing institucional, onde está a verdadeira valorização dos trabalhadores, a proximidade, o respeito e a resposta às necessidades de quem, todos os dias “veste a camisola” e assegura o funcionamento da instituição garantindo o serviço público que a CGD representa?
Era importante que a par da procura pelo lucro, houvesse uma humanização das relações de trabalho na Empresa, onde o respeito, o espírito de pertença e de equipa se sobrepusessem à cultura crescente do “medo”. A dignificação do trabalho deveria ser uma prioridade para a Administração, pois só assim a CGD poderá ser efetivamente uma Empresa sustentável e apelativa no mercado de trabalho.
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O STEC continuará ativamente na defesa intransigente dos trabalhadores, defendendo a sua valorização, pugnando pelo diálogo construtivo junto da CGD na resolução dos problemas, mostrando que todos têm a ganhar se os equilíbrios existirem. Os trabalhadores têm de se sentir parte ativa, respeitada e valorizada. |
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A Direção