O STEC apresentou à Administração da CGD a sua proposta de revisão salarial para o ano de 2026, propondo um aumento de 5,79%, com mínimo de 79,00€.
Quanto às Cláusulas de Expressão Pecuniária, a proposta de aumento tem por referência a média ponderada devidamente ajustada, com particular ênfase em algumas finalidades específicas: Subsídio de Apoio ao Nascimento/Adoção; Subsídio a trabalhador-estudante; Valor máximo do crédito à habitação; Indemnização por morte em acidente de trabalho.
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O STEC considera esta proposta minimamente justa, que não põe em causa a sustentação económica e financeira da CGD e representa um passo para corrigir gradualmente a profunda e crescente desigualdade existente. Aceitá-la seria, a nosso ver, de elementar justiça, reveladora de uma Administração genuinamente preocupada com um clima socio laboral positivo, fundamental para o bom funcionamento da Empresa e para enfrentar com êxito a concorrência da banca privada. |
Um conjunto de razões que importa lembrar:
- A necessidade de recuperar algum poder de compra perdido ao longo dos últimos10/15 anos, face à inflação verificada nesse período e que reduziu o poder de compra dos trabalhadores e dos reformados da CGD;
- Os elevadíssimos resultados positivos que a CGD tem vindo a alcançar e a sua solidez económico-financeira, de que é prova a melhoria significativa dos rácios de capital. Esta realidade justifica e exige que os resultados obtidos sejam partilhados com os trabalhadores, já que resultam fundamentalmente do seu empenhamento e competência, trabalho esforçado e do seu sacrifício pessoal e familiar;
- O absurdo e imoral crescimento das remunerações dos elementos da Administração, em comparação com as insuficientes e injustas atualizações salariais e de pensões, dos trabalhadores e dos reformados da CGD;
- Os lucros recordes da CGD, com a possibilidade de entrega ao Estado dos maiores dividendos de sempre:
- 2023: Lucro de 1.369 milhões de euros
- 2024: Lucro recorde de 1.735 milhões de euros
- 2025: 9 Meses: Lucro de 1.400 milhões de euros (aumento de 2%, face a 2024)
- O inquestionável aumento da produtividade dos trabalhadores da CGD que assume ainda uma maior relevância porque está associada a uma preocupante redução do número de trabalhadores e ao consequente aumento da carga de trabalho para os que ficam;
- A dificuldade de fixação e recrutamento de trabalhadores na CGD – facto assumido pela própria Administração, ao atribuir discricionariamente a novas admissões de pessoal, condições salariais superiores às que pratica para quem já está na CGD, criando com isso frustração e descontentamento entre os trabalhadores;
- Os 4 anos injustamente retirados aos trabalhadores da CGD (2013 a 2016) – têm como consequência, que os salários dos trabalhadores da CGD estejam em média um nível abaixo ao que seria devido.
- O aumento do salário mínimo para 2026 não pode ser ignorado pela CGD, devendo servir como referência mínima para a atualização salarial de todos os trabalhadores no ativo e, por indexação, para os reformados.
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O STEC acompanha a sua proposta de aumentos salariais com uma proposta de revisão do Acordo de Empresa, procurando melhorar um conjunto de direitos, mas sem nunca condicionar ou substituir o aumento salarial por um qualquer prémio ou bónus, de sentido arbitrário, não nos opondo naturalmente à sua justa atribuição, mas apenas a atualização remuneratória universal constitui garantia de valorização salarial, com efeitos imediatos e futuros, para todos: trabalhadores do ativo, pré-reformados e reformados. |
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Assim, apela-se a todos os trabalhadores, para que se envolvam e mantenham informados sobre a evolução do processo negocial, pela importância decisiva que o mesmo revestirá para as suas vidas. |
A fundamentação económica da proposta do STEC, assinada pelo Economista Dr. Eugénio Rosa, pode ser consultada AQUI.
É URGENTE REPOR PODER DE COMPRA AOS TRABALHADORES,
RECONHECENDO E VALORIZANDO O SEU TRABALHO!
VAMOS DEFENDER ESTA PROPOSTA JUSTA E ECONOMICAMENTE SUSTENTADA!
A Direção