Agência Lusa
19 ago 2022, 08:22
As ações de protesto, contra encerramentos de balcões, decorrem em Lisboa (CGD da Rua Luís de Camões), no Barreiro (também um balcão da CGD), e em Montalegre (por uma sucursal do banco Millennium).
Vários protestos estão previstos para esta sexta-feira, devido ao encerramento de balcões da CGD em Lisboa e no Barreiro e do BCP em Montalegre, numa altura em que a atividade bancária está a reduzir a sua rede de retalho.
Em Lisboa, decorrerá uma ação de protesto contra o encerramento do balcão da CGD da Rua Luís de Camões, organizada pela Comissão de Utentes Contra o Encerramento dos Balcões da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
No Barreiro o protesto, também contra o fecho de um balcão da CGD, será organizado pela Comissão de Utentes de Serviços Públicos do Barreiro.
Por fim, em Montalegre, Vila Real, irá decorrer uma manifestação contra o alegado encerramento da sucursal do banco Millennium, na freguesia de Salto.
O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) disse no dia 12 de agosto que a administração da CGD pretende “encerrar mais 23 agências em Portugal continental” neste mês.
O STEC teve conhecimento que a administração da CGD, após o recente anúncio do vultuoso lucro de 486 milhões [de euros], no primeiro semestre de 2022, decidiu cortar ainda mais nos custos e encerrar mais 23 balcões, no decorrer do corrente mês de agosto, com maior incidência nas regiões de Lisboa e Porto”, referiu o sindicato em comunicado enviado às redações.
O sindicato assinalou que se “desconhecem os motivos” para esta intenção, e que a vontade em “reduzir despesas” carrega a “desvalorização da capacidade da CGD enquanto banco público”, apontando que há “um inevitável congestionamento dos restantes balcões dessas áreas”.
De igual forma, o STEC sublinha que desde 2012 já houve o “decréscimo” de 3.300 trabalhadores e o encerramento de “mais de 300 agências” da Caixa em Portugal.
O BCP, segundo a informação do comunicado de apresentação de resultados referente ao primeiro semestre deste ano, disse por sua vez que “tem continuado a implementar uma série de medidas com vista a manter uma gestão disciplinada dos custos, entre as quais se salienta o redimensionamento da rede de sucursais na atividade em Portugal, que evoluiu de 458 sucursais em 30 de junho de 2021, para 415 sucursais no final de junho 2022, com impacto generalizado nas várias rubricas que compõem os outros gastos administrativos”.