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"A Anafre está solidária com as populações e autarquias que estão a ser confrontadas com esta decisão unilateral, agravada por ser executada sem qualquer informação prévia às pessoas", afirma, em comunicado, o presidente da Associação, Jorge Veloso

 

Fotografia: Miguel Pereira da Silva / LUSA

Anafre contesta encerramento de balcões da Caixa Geral de Depósitos
OBSERVADOR

31 ago 2022, 20:05

 

 

A Associação Nacional de Freguesias contestou a “política de encerramento de balcões levada a cabo pela administração da Caixa Geral de Depósitos”. Administração pretende encerrar 23 balcões no país.

 

A Associação Nacional de Freguesias (Anafre) contestou esta quarta-feira a “política de encerramento de balcões levada a cabo pela administração da Caixa Geral de Depósitos (CDG)”, que diz penalizar milhares de pessoas, principalmente os mais idosos aposentados.

 

“A Anafre está solidária com as populações e autarquias que estão a ser confrontadas com esta decisão unilateral, agravada por ser executada sem qualquer informação prévia às pessoas”, afirma, em comunicado, o presidente da Associação, Jorge Veloso.

 

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Convicto de que o encerramento de balcões da CGD “está a provocar enormes transtornos às populações”, Jorge Veloso diz que a “decisão de fechar postos de atendimento ao público deixa milhares de pessoas, na sua maioria já aposentadas, sem acesso ao banco ou sequer a uma caixa ATM”.

 

Segundo revelou o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo Caixa Geral de Depósitos (STEC), a administração da CGD decidiu “encerrar mais 23 agências em Portugal continental” durante o mês de agosto, situação que já originou várias ações de protesto das populações e de autarcas.

 

Em comunicado divulgado no passado dia 12 de agosto, o STEC revelou que a administração da CGD pretendia encerrar 23 balcões em todo o país, com maior incidência nas regiões de Lisboa e Porto, até final deste mês, não obstante ter registado um “lucro de 486 milhões [de euros] no primeiro semestre de 2022”.

 

No comunicado, o STEC dizia desconhecer os motivos da decisão da CGD para o encerramento de balcões, mas advertia que a estratégia da empresa, de reduzir despesas, poderia conduzir a uma “desvalorização da capacidade da CGD, enquanto banco público”, e advertia para o “congestionamento dos restantes balcões dessas áreas”.

 

De acordo com o STEC, desde 2012, houve o “decréscimo” de 3.300 trabalhadores e o encerramento de “mais de 300 agências” da CGD.

 

Para o sindicato, trata-se de “um número avassalador” e da “entrega de ‘bandeja’ de um negócio rentável e lucrativo aos bancos privados, que representa uma perda de “centenas, ou mesmo milhares, de clientes particulares e empresariais” para o banco público português.

 

O STEC considera também que Governo não se pode demitir da sua responsabilidade no que respeita à coesão territorial, deixando estas decisões ao livre-arbítrio da administração do banco público.

 

“Não basta apregoar a defesa da CGD como banco público e receber as centenas de milhões de dividendos gerados pelo esforço dos seus trabalhadores. É fundamental que o Estado defina as orientações estratégicas que o banco deve assumir”, defende o STEC.

 

Contactada pela Lusa, a CGD ainda não respondeu ao pedido de comentário sobre a decisão de encerrar mais 23 balcões em diversas zonas do país.

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