Rute Simão
12 Agosto, 2022 • 09:53
O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD denuncia os encerramentos, que deverão acontecer sobretudo em Lisboa e no Porto.
A administração da Caixa Geral de Depósitos prepara-se para encerrar 23 balcões ainda em agosto, sobretudo nas cidades de Lisboa e do Porto, denuncia esta sexta-feira, 12, o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) em comunicado.
A estrutura sindical aponta a redução das despesas como motivo para os encerramentos e relembra que o banco já fechou portas a 300 agências nos últimos 10 anos, entregando “de bandeja o negócio rentável e lucrativo aos bancos privados”.
“Com estes encerramentos, de que se desconhecem outros motivos que não seja a intenção de reduzir despesas, mesmo à custa da desvalorização da capacidade da CGD enquanto Banco Público, não podemos deixar de registar, em simultâneo, um inevitável congestionamento dos restantes Balcões dessas áreas, apesar destes já não conseguirem atualmente dar uma resposta adequada ao serviço, nomeadamente por decréscimo de trabalhadores (de 2012 a 2022 saíram da CGD mais de 3300 trabalhadores)”, acusa o sindicato.
O STEC apela ainda à responsabilização do governo “no que respeita à coesão territorial” e sublinha que é fundamental que o “Estado defina as orientações estratégicas que o banco deve assumir, nomeadamente as suas responsabilidades quanto ao interesse público e às necessidades das populações, assegurando-lhes um serviço de proximidade e de qualidade”.
Recorde-se que a CGD somou lucros consolidados de 486 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, uma subida de 65% face aos 294 milhões de euros registados em igual período do ano passado.