Maria Teixeira Alves
21 Julho 2022, 11:09
O banco liderado por Paulo Macedo diz que a posição alcançada neste ranking “é reflexo da robusta posição de capital da Caixa, apesar da descida do Capital Tier 1 verificada, motivada pelo reembolso antecipado de 500 milhões de euros da emissão Additional Tier 1, o que permite uma redução substancial de custos e um aumento da capacidade de geração orgânica de capital no futuro”.
A Caixa Geral de Depósitos é o banco nº 1 em Portugal no Top 1.000 World Banks 2022, segundo o ranking apresentado pela reputada revista The Banker, do grupo Financial Times.
A CGD reporta que “manteve a sua posição de liderança em Portugal, ocupando, a nível mundial, o 188º lugar, influenciada pela forte variação cambial eur/usd registada em 2021”.
O banco liderado por Paulo Macedo diz que a posição alcançada neste ranking “é reflexo da robusta posição de capital da Caixa, apesar da descida do Capital Tier 1 verificada, motivada pelo reembolso antecipado de 500 milhões de euros da emissão Additional Tier 1, o que permite uma redução substancial de custos e um aumento da capacidade de geração orgânica de capital no futuro”.
Recorde-se que esta emissão de dívida perpétua foi realizada em março de 2017 no âmbito do Plano de Recapitalização acordado entre o Estado Português e a Comissão Europeia, em condições de mercado, junto de investidores institucionais a nível internacional, com uma taxa de juro de 10,75%. Pelo que o reembolso antecipado, que foi autorizado por Bruxelas em fevereiro, se traduziu numa significativa poupança de custos com juros.
A CGD detalhou que a taxa de juro de 10,75% associada a esta dívida correspondeu a um custo anual de 53,75 milhões de euros, o que representou, no conjunto dos cinco anos, um total de 268,75 milhões de euros.
“Este resultado é também consequência da implementação bem-sucedida do Plano Estratégico 2017-2020, implementado pela Caixa Geral de Depósitos”, realça o banco.
Recorde-se que em 2021, o banco público recebeu a comunicação da Direção Geral da Concorrência da Comissão Europeia (DG Comp) informando do encerramento do processo de monitorização do Plano Estratégico 2017-2020, acordado entre o Estado Português e a Comissão Europeia e formalmente aprovado em 10 de Março de 2017, deixando assim desde essa data de ser monitorizado pela Direção-Geral da Concorrência europeia.
O banco do Estado considera que este reconhecimento da The Banker “reflete a confiança dos clientes e reforça o empenho da Caixa na dinamização da economia, apoiando as empresas e as famílias portuguesas”.
“A CGD é líder em Portugal em ativos consolidados, em resultados e na relação entre capital e ativos, destacando-se ainda em termos de desempenho na rentabilidade dos ativos e do capital”, refere a instituição.