Sexta-feira, 6 de Dezembro, 2024

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CGD pode ficar na João XXI até ao início de 2025
JORNAL ECONÓMICO

Isabel Patrício e Maria Teixeira Alves

20 Agosto 2022, 11:39

 

 

A saída da administração da CGD da Avenida João XXI ainda não está fechada, mas é uma hipótese que está em cima da mesa. Banco público poderá ficar na sede até 2025, exceto se encontrar um novo edifício para o qual se mudar.

 

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) poderá ficar, no máximo, até ao início de 2025 no edifício localizado na Avenida João XXI, adiantou ao Jornal Económico fonte próxima do processo. Ainda não é certo se a administração do banco público se manterá ou não na sede, estando tal dependente do contrato que será assinado com o Estado até ao fim do ano.

 

Foi em março deste ano que o Governo sinalizou que o edifício sede da CGD iria ganhar uma nova vida: depois de acomodar o coração do banco público, vai agora receber parte do Executivo. A ideia é concentrar os vários ministérios (com exceções) num só espaço físico, processo que se deverá estender até ao final deste ano, ainda que se admita que possa derrapar.

 

Este sábado, o Nascer do SOL avança que o CEO da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo, queria que a administração e os serviços centrais se mantivessem na sede, mas António Costa, assegura o jornal, impôs a sua vontade, ficando o edifício na totalidade para o Governo.

 

Ao Jornal Económico, fonte próxima do processo explica, contudo, que tal não está, para já, fechado, isto é, a saída da administração da sede é uma hipótese que está em cima da mesa e não uma decisão final. Tudo dependerá do contrato que será assinado com o Estado até ao fim do ano.

 

A mesma fonte adianta que a Caixa Geral de Depósitos poderá ficar mesmo na Avenida João XXI até ao início de 2025, exceto se arranjar um edifício para o qual se mudar antes. E frisa que foi o próprio banco a sinalizar que o edifício em questão era demasiado grande, numa altura em que a CGD tem apostado mais na vertente digital, estando o processo a decorrer em sintonia entre a Caixa e o Governo. “A saída da sede [foi uma] iniciativa [da Caixa] e a passagem para instalações condizentes com um banco mais digital é mais uma alteração estrutural desejada pelo banco”, salienta fonte da CGD.

 

O edifício em questão foi vendido, note-se, em 2010 ao Fundo de Pensões do banco público por 250 milhões de euros.

 

Em maio, Paulo Macedo adiantou aos jornalistas que o Governo estava, então, a ocupar 3.200 metros quadrados da sede da CGD. O CEO do banco público adiantou, na altura, que ainda iria disponibilizar mais 30 mil metros até ao próximo ano.

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