Sónia Peres Pinto
19 de agosto 2022 às 07:00
Para já, estão marcados protestos em Alcântara e Almada, mas não deverão ficar por aqui. Em causa está o encerramento de 23 balcões este mês.
O tiro de partida contra o encerramento dos balcões da Caixa Geral de Depósitos vai ser dado esta sexta-feira. A comissão de utentes contra o encerramento dos balcões do banco público convocou uma ação de protesto para as 11h contra o encerramento do balcão da CGD da Rua Luís de Camões, em Alcântara. “Perante o anúncio do seu encerramento e das dificuldades que esta decisão irá trazer às populações das freguesias de Alcântara e Ajuda”, refere o movimento.
No mesmo dia está marcada uma concentração de protesto, em Almada, convocada pelo PCP. Mas os protestos poderão não ficar por aqui, uma vez que, os comunistas, entendem que a “Câmara Municipal de Lisboa não pode ficar indiferente à intenção de encerramento dos balcões da CGD e tem que salvaguardar os interesses de quem vive, trabalha, estuda ou visita Lisboa”, lembrando que, desde 2017, a CGD encerrou em Lisboa cerca de 30 balcões, “prejudicando claramente a população”.
Em causa está a decisão de a decisão de fechar já este mês 23 balcões. A denúncia chegou por parte do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do grupo CGD (STEC) e que irá afetar as regiões de Lisboa e Porto, mas também Coimbra e Ílhavo. “Com estes encerramentos, de que se desconhecem outros motivos que não seja a intenção de reduzir despesas, mesmo à custa da desvalorização da capacidade da CGD enquanto banco público, não podemos deixar de registar, em simultâneo, um inevitável congestionamento dos restantes balcões dessas áreas, apesar destes já não conseguirem atualmente dar uma resposta adequada ao serviço, nomeadamente por decréscimo de trabalhadores (de 2012 a 2022 saíram da CGD mais de 3300 trabalhadores)”, disse ao i Pedro Messias, presidente do Sindicato do grupo.