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Fotografia: Getty Images

CGD vai fechar 23 balcões no Porto, Lisboa e Coimbra. Trabalhadores serão realocados
EXPRESSO

Isabel Vicente

12 Agosto 2022

14:27

 

 

O STEC, sindicato mais representativo dos trabalhadores da Caixa, revela que vão ser fechados 23 balcões mas os trabalhadores vão ser realocados em outros balcões.

 

O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) afirma que a Caixa Geral de Depósitos “decidiu cortar ainda mais nos custos e encerrar mais 23 balcões, no decorrer do corrente mês de agosto, com maior incidência nas regiões de Lisboa e Porto”.

 

Questionado pelo Expresso sobre se os trabalhadores destas 23 agências seriam realocados ou haveria um processo de rescisão, o STEC, afirma que “a informação que temos é que os trabalhadores serão recolocados em outras agências”.

 

Sobre a razão para estes encerramentos, o sindicato diz que “o único motivo do fecho das agências de que temos conhecimento é reduzir despesas”.

 

Contactada, não foi possível obter respostas da CGD relativamente ao fecho dos balcões e ao número de trabalhadores envolvidos.

 

Em comunicado enviado às redações, o sindicato diz que teve conhecimento desta intenção, após o anúncio dos lucros de 486 milhões de euros obtidos no primeiro semestre do ano.

 

Ao Expresso o sindicato dá nota de que serão encerrados seis balcões no Porto, um em Coimbra e 16 na região de Lisboa. Gafanha da Nazaré, Parque São João, no Porto e Lordelo do Ouro, são alguns dos balcões a fechar na região do Porto. Em Coimbra será no Arnado. E na região de Lisboa serão balcões em Alfragide, Areeiro, Corroios, Duque de Loulé, Algueirão- Mem Martins, Quinta dos Inglesinhos, Pragal, Príncipe Real e Praça de Londres para dar alguns exemplos.

 

“Com estes encerramentos, de que se desconhecem outros motivos que não seja a intenção de reduzir despesas, mesmo à custa da desvalorização da capacidade da CGD enquanto banco público, não podemos deixar de registar, em simultâneo, um inevitável congestionamento dos restantes balcões dessas áreas, apesar destes já não conseguirem atualmente dar uma resposta adequada ao serviço, nomeadamente por decréscimo de trabalhadores (de 2012 a 2022 saíram da CGD mais de 3300 trabalhadores)”, sublinha o sindicato.

 

O STEC diz ainda que desde 2012 já foram fechadas 300 agências em Portugal, um número que considera “avassalador” , assim como o “decréscimo de 3300 trabalhadores”. Diz ainda tratar-se também “em muitos casos da entrega de “bandeja” de negócio rentável e lucrativo aos bancos privados, perdendo-se com isto centenas, ou mesmo milhares, de clientes Particulares e Empresariais”.

 

O sindicato, liderado por Pedro Messias, deixa um recado: “O Governo não se pode demitir da sua responsabilidade no que respeita à coesão territorial de que tanto fala, mas que depois deixa ao livre-arbítrio de decisões de gestão, que neste caso e lamentavelmente até são de caráter público”.

 

Acrescentando que “não basta apregoar a defesa da CGD como banco público e receber as centenas de milhões de dividendos gerados pelo esforço dos seus trabalhadores”, o Estado deve nas considerações do sindicato definir “as orientações estratégicas que o banco deve assumir, nomeadamente as suas responsabilidades quanto ao interesse público e às necessidades das populações, assegurando-lhes um serviço de proximidade e de qualidade”.

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