Paulo Lourenço
19 Agosto 2022 às 19:27
O anunciado encerramento de balcões da Caixa Geral de Depósitos (GGD) juntou esta sexta-feira trabalhadores e utentes daquela instituição em Alcântara, Lisboa, que deram conta das dificuldades que o fecho do balcão da Rua Luís de Camões irá trazer a uma população muito envelhecida e com grandes dificuldades de mobilidade para aceder a outras instalações
Organizada pela Comissão de Utentes Contra o Encerramento dos Balcões da Caixa Geral de Depósitos, a ação contou com vários testemunhos de utentes que expressaram as dificuldades que resultarão para as suas vidas.
Foi também convidado um representante da Comissão de Trabalhadores da CGD, Jorge Canadelo, que expôs a visão de quem trabalha na instituição e dos impactos negativos que a política de encerramento de balcões e de degradação do serviço público bancário está a gerar, inclusive para os trabalhadores da Caixa.
Os clientes do banco enfatizaram as preocupações da população da Ajuda, que viu em 2018 o seu balcão encerrado e o seu atendimento transferido para as instalações de Alcântara, que agora encerrarão, numa freguesia muito mal servida de transportes públicos.
Há mais protestos marcados
A ação terminou com a votação de uma resolução, aprovada por unanimidade, em que se refere que “um banco público como a CGD tem a obrigação de salvaguardar a proximidade do seu serviço servindo com qualidade quem vive, trabalha, estuda ou visita Lisboa”. Sublinha ainda o impacto “extremamente negativo para a população”, realçando em particular, “os mais idosos e com maiores dificuldades de mobilidade, como é bem visível nas freguesias de Alcântara e da Ajuda”.
Para segunda-feira, está já marcada outra manifestação em Lisboa, que decorrerá a partir da 11 horas, junto ao balcão da CGD no Rego.
Há uma semana, o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) divulgou que a administração do banco pretende “encerrar mais 23 agências em Portugal continental” este mês.