5 julho 2022 13:40
Lusa
Comissão de Trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos acusou no Parlamento a administração do banco estatal de “falta de transparência” quanto ao plano estratégico da CGD.
A Comissão de Trabalhadores (CT) da Caixa Geral de Depósito (CGD) disse esta terça-feira aos deputados desconhecer o plano estratégico do banco e alertou para a “redução brutal” de trabalhadores que garante não ser acompanhada por uma evolução tecnológica.
Numa audição na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão sobre o modelo de gestão adotado pela atual administração da CGD, no que respeita ao plano estratégico futuro, o coordenador daquela comissão de trabalhadores, Jorge Canadelo, disse que o plano estratégico que foi divulgado aos trabalhadores foi um documento, também divulgado à imprensa, que apenas diz “estamos aqui e queremos chegar ali”, sem mais pormenores.
“Já pedimos informações detalhadas sobre este caminho. Não nos dão essas informações. É mais uma falta de transparência”, afirmou Jorge Canadelo aos deputados.
A Comissão de Trabalhadores da CGD alertou também hoje os deputados para a “redução brutal” de trabalhadores na última década, afirmando que a maior parte das agências da instituição conta apenas com “três ou quatro trabalhadores”.
No final de 2021, a Caixa Portugal tinha 6.177 trabalhadores, menos 67 do que em 2020, e 542 agências, menos uma do que em 2020.
No final de 2016 (antes de se iniciar o plano estratégico 2017-2020), na atividade bancária (CGD Portugal) o número de empregados ascendia a 8.113, segundo o relatório e contas de 2016. As agências bancárias eram 717 em Portugal.
Jorge Canadelo lembrou que a CGD não é um banco privado, que tem em vista somente o lucro dos acionistas, salientando que as populações dependem dos serviços do banco e sofrem com encerramentos como o da agência no Barracão, registado recentemente no concelho de Leiria.