ECO Seguros
18 Novembro 2020
Os valores geridos em Fundos de pensões continuam a subir e voltaram a atingir os valores de 2007, segundo dados do 3º trimestre. A Ageas Pensões lidera o ranking das 18 entidades gestoras.
As contribuições dos associados e participantes para o total dos fundos de pensões apresentaram um acréscimo de 16,5%, face ao mesmo período ano anterior, acercando-se de 849 milhões de euros. Os benefícios pagos registaram um crescimento de 3,1% face ao terceiro trimestre do ano anterior, ascendendo a 580,8 milhões de euros no final de setembro, indica o relatório trimestral da ASF sobre a atividade dos Fundos de Pensões (REAFP 3T2020).
No final do terceiro trimestre de 2020, o número de fundos de pensões sob gestão passou de 232 para 233, na sequência da extinção de dois fundos de pensões fechados e da constituição de três fundos de pensões PPR. No âmbito das adesões coletivas, “foram extintas cinco adesões, uma decorrente transferência para a Caixa Geral de Aposentações, outra por liquidação total e as restantes com transferência para outras adesões já existentes. Durante este período foram constituídas 78 novas adesões, repartidas por 28 fundos de pensões abertos”, detalha o relatório.
Os montantes geridos pelos fundos de pensões registaram um acréscimo de 0,8% em relação ao final de 2019, totalizando um valor acima de 22 mil milhões de euros. O incremento reflete aumento de 8,5% nos fundos de pensões abertos. A repartição do montante total dos fundos de pensões por tipo de fundo não tem apresentado variações ao longo dos trimestres, explica a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).
Dos 22.000.073.008 euros de ativos investidos e geridos por 18 entidades gestoras, em 30 de setembro último, cerca de 83% estão à responsabilidade de Sociedades Gestoras de Fundos de Pensões (SGFP) e o restante a cargo de seguradoras do ramo Vida. O ranking das entidades e as quotas de mercado na mesma data são as seguintes:
O nível de concentração entre as entidades gestoras é evidente. As 3 maiores (Ageas Pensões, CGD e BPI Vida) gerem 60% dos ativos, as 5 maiores 80% e a 10 maiores cerca de 98%.
Rentabilidade baixou para -0,45%
Tendo em consideração as contribuições entregues aos fundos e as respetivas pensões pagas, a rentabilidade dos fundos de pensões (diferença entre contribuições e saídas de benefícios), face ao final do ano de 2019 foi de -0,45%. Em setembro de 2019, a rentabilidade situava-se em 6,9% (face ao final de 2018). A rendibilidade é calculada de acordo com a seguinte fórmula: ((Valor do fundo no fim do período – (Valor do fundo no início do período + Contribuições do período – Pensões pagas))/Valor do fundo no início do período.
A estrutura da composição das carteiras foi semelhante à observada no final do ano de 2019. Destacam-se, no entanto, a diminuição do peso de dívida pública e da exposição a ações e um aumento do peso das obrigações privadas.
Em setembro de 2020, de acordo com a estatística trimestral da Supervisão, as carteiras de investimento dos fundos de pensões eram constituídas maioritariamente por títulos de dívida (50%), seguindo-se os fundos de investimento (34%). Imóveis (8%), depósitos bancários (5%) e ações (4%) continuam a ser as categorias com menor peso.
Segundo a ASF, entre participantes e beneficiários, os fundos de pensões em Portugal envolviam mais de 500 mil pessoas no final de 2019.