12/10/23 07:42
POR NOTÍCIAS AO MINUTO
Executivo espera encaixar 461 milhões de euros em dividendos da CGD. Trabalhadores concentram-se junto à sede do banco pela “justiça e dignidade no trabalho”.
Os trabalhadores e reformados da Caixa Geral de Depósitos (CGD) concentram-se, esta quinta-feira, pelas 12h00, em frente ao edifício sede da instituição bancária pela “justiça e dignidade no trabalho”, anunciou o sindicato. Isto, depois de o Executivo ter dito que espera encaixar 461 milhões de euros em dividendos da CGD.
“Os lucros obscenos que se exibem, escondem que a sua origem parte de um clima laboral em que impera a lei da selva – as pressões abusivas, as ameaças diretas e veladas, a prepotência, o assédio, as crescentes situações de burnout, o completo desrespeito pelo horário de trabalho, as milhares e milhares horas de trabalho extraordinário realizadas… mas não pagas”, refere o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC), em comunicado.
Acrescenta a mesma nota que a “administração [da CGD] tem de ser confrontada com a realidade e não continuar a dar a ideia de que a CGD é um paraíso para quem aqui trabalha e para os seus clientes”.
O Governo prevê que os cofres públicos arrecadem, no próximo ano, 461 milhões de euros em dividendos da Caixa Geral de Depósitos, enquanto do Banco de Portugal não espera receber qualquer valor, segundo a proposta orçamental entregue na terça-feira.
Em 2023, relativamente ao ano de 2022, o Governo conta receber 713 milhões de euros da CGD e 237,8 milhões de euros do Banco de Portugal.
A Caixa Geral de Depósitos explicou em junho que os 713 milhões de euros referem-se à entrega de 352 milhões de euros em dinheiro a que se soma a entrega da propriedade do edifício-sede em Lisboa (avaliado em 361 milhões de euros).
