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Terça-feira, 26 de Março, 2024

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Joe Berardo

Fotografia: António Cotrim / LUSA

Joe Berardo detido por fraude à Caixa Geral de Depósitos
JORNAL DE NOTÍCIAS

JN/Agências
29/06 – às 10:15

 

 

O empresário Joe Berardo foi detido, esta terça-feira de manhã, pela Polícia Judiciária, por suspeita de burla qualificada, fraude fiscal e branqueamento de capitais.

 

Em causa está a forma como conseguiu, obter, em 2006, empréstimos da Caixa Geral de Depósitos e a forma como depois terá montado um esquema para escapar ao pagamento dos credores. Em 2015, a CGD tinha uma exposição à Fundação Berardo de cerca de 268 milhões de euros.

 

André Luiz Gomes, advogado do empresário madeirense, foi também detido no âmbito deste processo, sabe o JN.

 

Em comunicado, a Polícia Judiciária revela, sem citar o nome de Joe Berardo, que levou a cabo 51 buscas, sendo, 22 buscas domiciliárias, 25 buscas não domiciliárias, três buscas em instituição bancária e uma busca em escritório de advogado, em Lisboa, Funchal e Sesimbra, numa investigação por “suspeita de prática dos crimes de administração danosa, burla qualificada, fraude fiscal e branqueamento”. Esta operação envolveu 180 profissionais, 138 da Polícia Judiciária, 26 da Autoridade Tributária, nove do Ministério Público e sete juízes de Instrução Criminal.

 

A investigação iniciada em 2016 identificou procedimentos internos em processos de concessão, reestruturação, acompanhamento e recuperação de crédito, contrários às boas práticas bancárias e que podem configurar a prática de crime. “A operação da PJ incidiu sobretudo num grupo económico, que entre 2006 e 2009, contratou 4 operações de financiamentos com a CGD, no valor de cerca de 439 milhões de Euros”, revela aquela polícia.

 

Este grupo económico “tem incumprido com os contratos e recorrido aos mecanismos de renegociação e reestruturação de dívida para não a amortizar”.

 

Atualmente este grupo económico causou um “prejuízo de quase mil milhões de Euros à Caixa Geral de Depósitos, Novo Banco e ao BCP, tendo sido “identificados atos passiveis de responsabilidade criminal e de dissipação de património”.

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