Terça-feira, 3 de Dezembro, 2024

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Fotografia: Tiago Miranda

Paulo Macedo vai ter de ir ao Parlamento explicar fecho de balcões da CGD
EXPRESSO

21 setembro 2022 12:51
Diogo Cavaleiro

 

 

Requerimento do PS foi aprovado pelos restantes partidos. Socialistas, que tinham recusado audição a Medina, pretendem saber fundamentos da seleção dos balcões a fechar, e as suas consequências.

 

A equipa executiva de Paulo Macedo vai ter de ir ao Parlamento explicar a decisão de fechar 23 balcões da Caixa Geral de Depósitos este verão. A convocatória partiu do Partido Socialista que tinha recusado chamar o ministro das Finanças para falar deste tema.

 

O requerimento socialista contou com a aprovação unânime dos partidos presentes na comissão de orçamento e finanças (não estavam o PCP e o PAN) desta quarta-feira, 21 de setembro.

 

A decisão de encerramento das 23 agências foi tomada no verão, e já se concretizou, mesmo apesar do parecer negativo da comissão de trabalhadores e da contestação dos sindicatos.

 

“Além de ser imperioso perceber se o anunciado encerramento destes 23 balcões foi precedido de uma avaliação que sustente o encerramento dos balcões em causa e, em caso afirmativo, quais os pressupostos em que assentou a decisão de encerrar esses balcões, importa ainda que sejam prestados esclarecimentos sobre as consequências do encerramento destes balcões para os trabalhadores que neles se encontram a prestar atividade”, indicava o requerimento socialista.

 

O Jornal de Notícias escreve que, com este passo, a CGD deixará de estar presente em todos os concelhos.

 

 

Medina afasta-se da decisão

 

Ao Expresso, o ministro das Finanças, que tem a tutela sobre o banco público, demarcou-se da decisão da comissão executiva encabeçada por Paulo Macedo. Numa audição sobre política geral do seu Ministério, Fernando Medina repetiu a posição: “O que o Governo não faz nem fará é dar ou mandatar instruções diretas sobre as decisões de caráter operacional da CGD. Não o fiz e não farei ao longo do meu mandato enquanto ministro das Finanças”.

 

Apesar disso, o responsável pelas Finanças defendeu o trabalho que tem vindo a ser feito pela atual liderança: “A CGD tem hoje um papel reforçado como banco público nacional, teve um processo de reestruturação muito difícil, muito exigente, que exigiu um grande esforço do coletivo da CGD, da administração, da direção, dos trabalhadores, e a verdade indiscutível que nos deve orgulhar é que hoje temos um banco mais sólido, mais robusto, mais capaz de proteger aqueles que confiam ao banco público as suas poupanças, mais capaz de servir os clientes”.

 

O PCP tinha também proposto a audição de Medina especificamente para uma audição sobre este assunto na comissão de Orçamento e Finanças, mas o PS chumbou-o.

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