Quinta-feira, 7 de Novembro, 2024

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Sindicato da CGD cria petição pela contabilização de anos de carreira
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© Reuters

25/05/22 13:16

 

 

O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) criou uma petição pública a pedir ajuda ao parlamento na luta pela contabilização dos anos de 2013 a 2016 na carreira dos trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos (CGD).

 

Em comunicado, o sindicato disse que “para os trabalhadores da CGD os anos de 2013 a 2016 serviram para cumprir inúmeros objetivos, para envelhecer, para tempo de reforma, para serem rigorosamente avaliados, só não serviram para progredir na carreira” e, apesar dos esforços feitos, “a Administração da CGD ignora ostensivamente essa evidência e mantém-se irredutível num assunto que, pasme-se, discrimina milhares trabalhadores para todo o sempre”.

 

Para tentarem forçar uma negociação, os trabalhadores da CGD têm pedido a intervenção do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, e do primeiro-ministro, António Costa, através do envio de centenas de cartas a estes responsáveis políticos.

 

Há ainda uma petição pública dirigida ao presidente da Assembleia da República que já conta com mais de 2.500 assinaturas. O que os trabalhadores do banco público querem é que o seu caso seja discutido em comissão parlamentar e que a administração da CGD aceite negociar.

 

“Nunca exigimos retroativos, mas queríamos que fossem contabilizados esses anos da carreira, de uma forma ou de outra. Propusemos várias soluções e a administração sempre se manteve irredutível”, afirmou à Lusa o presidente do STEC, Pedro Messias.

 

Segundo o dirigente sindical, entre 2013 e 2016 os bancários da CGD ficaram com restrições semelhantes aos funcionários públicos e trabalhadores do setor empresarial do Estado (cortes salariais e congelamento de carreiras), mas o Governo decidiu no orçamento de 2018 que para a generalidade dos trabalhadores da Função Pública fosse feita a “contabilização de todo o tempo anterior a 2018, com efeitos financeiros apenas para o futuro, mas esquecendo-se dos trabalhadores da CGD”.

 

“Apesar de todos os esforços, nomeadamente pelo STEC, junto da Administração da CGD, junto do Presidente da República, junto do Primeiro-Ministro, junto do Ministro das Finanças, junto dos diversos partidos políticos com assento parlamentar, em que todos concordarem estar-se perante uma injustiça dada a dualidade de critérios sobre a mesma matéria, na verdade nada de concreto se fez. Os sucessivos Orçamentos de Estado desde 2017, sempre se esqueceram dos trabalhadores CGD, o que é uma tremenda injustiça”, lê-se na petição.

 

O STEC refere ainda que, em 2018, houve uma recomendação da Assembleia da República ao Governo para que haja diálogo com os sindicatos neste caso, mas que nada se passou na CGD. “Mas a verdade é que também esta superior recomendação se ficou pelo papel”, afirma o sindicato.

 

Já nos processos postos em tribunal, a Justiça não tem dado razão aos trabalhadores da CGD sobre este tema, pelo que recorrem aos responsáveis políticos.

 

“O STEC, não se conforma e continuará a pugnar pela reversão desta tremenda injustiça, à semelhança, aliás, do que em tempo útil foi feito para o funcionalismo público”, lê-se no comunicado.

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