A Direção do STEC informa os seus associados e os trabalhadores em geral, que chegou a acordo com a Administração da CGD, para os aumentos salariais a vigorar no Grupo CGD em 2024 e 2025.
Este foi um processo negocial particularmente difícil e exigente, perante uma Administração que não se coibiu em persistir na intransigência e numa filosofia do quero posso e mando! Contabilizaram-se um total de 11 reuniões negociais – 9 com a CGD e 2 no âmbito do processo de conciliação no Ministério do Trabalho.
Recordar que a CGD em fevereiro do presente ano, como resposta à Greve convocada pelo STEC para 1 de março de 2024, avançou unilateralmente por decisão de gestão com um adiantamento salarial, subvertendo o processo negocial em curso e desrespeitando a contratação coletiva. Não obstante, o STEC numa atitude de responsabilidade e boa-fé negocial, manteve total empenho em alcançar um acordo.
Nesse sentido, e face ao impasse negocial verificado, o STEC recorreu ao Ministério do Trabalho, procurando pela via da conciliação e mediação deste órgão, alcançar uma solução equilibrada e justa, tendo esta entidade afeta à tutela, apresentado uma proposta que o STEC ACEITOU e a CGD RECUSOU, que inclusivamente, contemplava para 2025 o início de negociações diretas com o STEC, com vista à contabilização dos 4 anos de serviço (2013-2016), congelados e apagados da carreira de todos os trabalhadores da CGD, algo que não aconteceu com os restantes trabalhadores do setor bancário.
O STEC não desistirá desta causa, encontrando-se a aguardar audiência na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, onde será abordada esta e outras temáticas.
Concluído este processo no Ministério do Trabalho, cujas propostas não são vinculativas, ocorreu na semana transata uma derradeira reunião negocial, entre a Direção do STEC e a Administração da CGD, tendo esta elevado a sua proposta relativamente ao que tinha proposto no Ministério, libertando-se dos valores em que se encontrava bloqueada para 2024, simultaneamente foi também possível fechar o processo negocial para o ano de 2025.
Desta forma, para 2024 o acordo salarial foi de 3,2% com um mínimo de 65€ e o subsídio de almoço em 13,00€ diários, que resulta num aumento mensal global no mínimo de 76 euros, com efeitos retroativos a 1 de janeiro, a ser pago no vencimento de outubro (aos reformados o pagamento ocorrerá em novembro) e que incorporará o valor já avançado pela CGD em fevereiro. |
Quanto ao ano de 2025 o aumento será de 2,5% na tabela salarial e em todas as cláusulas de expressão pecuniária (exceto as ajudas de custo e abono para falhas), incluindo-se uma cláusula de salvaguarda caso a inflação registada em 2024, seja significativamente superior à prevista, ou na eventualidade do Governo estabelecer valores de atualizações salariais superiores ao acordado para as Empresas do Setor Empresarial do Estado, o que reabrirá obrigatoriamente o processo negocial.
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Este resultado só foi possível pela firmeza e determinação que o STEC manteve ao longo deste processo negocial e que se traduziu em diversas ações de contestação, reivindicação e denúncia pública, com destaque para a Greve de 1 de março de 2024, provando-se mais uma vez que vale a pena lutar!
A Direção