CONSELHO NACIONAL REUNIU
• Analisou a situação na CGD e decidiu apoiar novas formas de luta
• Aprovou o Plano de Atividades e Orçamento do STEC para 2022
O Conselho Nacional do STEC reuniu no passado dia 26 de novembro, em Lisboa.
Esta reunião foi marcada, antes do início dos trabalhos, pela passagem de um vídeo Comemorativo dos 20 Anos do Sindicato, a que todos os sócios têm acesso, através do link:
https://www.youtube.com/watch?v=zYhTHYu8KOA
No ponto antes da ordem de trabalhos o Presidente da Direção, Pedro Messias, informou os Conselheiros sobre os principais problemas que se vivem na Caixa Geral de Depósitos e a intervenção do STEC relativamente a cada um deles, tendo sido apresentados vários casos, alguns deles graves, de que resultam consequências na saúde dos trabalhadores.
A Tabela Salarial e o processo negocial em curso estiveram também no centro da discussão.
A Direção apresentou uma Moção, abaixo transcrita, que reflete os problemas atuais e enuncia várias exigências à Administração quanto à forma de tratamento dos trabalhadores, apontando também para novas formas de luta.
Depois de várias intervenções dos Conselheiros, corroborando as situações descritas na Moção e acrescentando até outras vividas nos seus locais de trabalho, o documento foi aprovado por unanimidade.
No ponto da ordem de trabalhos e após a apresentação do Plano de Atividades para 2022 pela Vice-Presidente, Joana Carvalho e do Orçamento pela Secretária Joana Friezas, o Plano de Atividades e Orçamento para 2022 foi também aprovado por unanimidade.
Transcrição da Moção:
MOÇÃO
Considerando:
- A continuada indiferença e desrespeito que a Administração vem manifestando relativamente aos trabalhadores do Grupo CGD;
- A intolerável situação de estagnação da tabela salarial e das pensões de reforma, que se traduz numa preocupante degradação das condições de vida dos trabalhadores e dos aposentados da CGD, que nos últimos 10 anos tiveram apenas 3 atualizações salariais a que acresce os 4 anos de carreira (2013-2016) completamente apagados;
- Os sucessivos lucros que a CGD vem apresentando, que revelam solidez e uma forte capacidade financeira, claramente destacada da restante Banca;
- Que nestes lucros estão espelhados o esforço e a dedicação dos trabalhadores desta Empresa, que respondem à pressão que lhes é colocada pelas hierarquias, e tentam a todo o custo cumprir as metas irrealistas que lhes são impostas ultrapassando os seus limites humanos. Trabalhadores que:
– “Dão a cara” e respondem diariamente às inúmeras reclamações dos clientes da CGD, decorrentes de decisões de gestão, como o encerramento de agências e redução cega e continuada de pessoal, que resultam num acréscimo de trabalho e se traduzem na impossibilidade de cumprimento do serviço público do banco;
– Por via do trabalho em excesso e pressão de respostas exigidas, estão ainda mais expostos ao risco na sua atividade, podendo incorrer em processos disciplinares, e a prová-lo estão as últimas SNIS;
– São vítimas de decisões arbitrárias e discriminatórias quanto ao pagamento de prémios e incentivos comerciais, ficando excluídos por motivo de ausência por doença, assistência à família ou licença parental;
– São constantemente alvo de assédio, sobretudo os mais vulneráveis, que são ameaçados com a hipótese de saída da Empresa;
– Realizam continuamente horas extraordinárias que além de não serem pagas hipotecam a sua vida pessoal e familiar destruindo a sua saúde física e psíquica, aumentando de dia para dia os casos de depressão e de burnout.
O Conselho Nacional do STEC, reunido em Lisboa, em 26 de novembro de 2021, decide:
- Repudiar a contraproposta da Administração de 0,2% de aumentos salariais, considerando-a insultuosa;
- Apoiar a Direção nas medidas necessárias ao endurecimento da luta, de forma a restabelecer um saudável ambiente social no Grupo CGD;
- Exigir à Administração que o controlo de horário de trabalho nas Agências seja efetuado por meios eletrónicos, garantindo o reconhecimento inequívoco do trabalho prestado e o seu devido pagamento;
- Apoiar a marcação de greve às horas extraordinárias, apelando aos trabalhadores que cumpram o horário de trabalho de forma a salvaguardarem a sua saúde e a promover a correta definição dos quadros de pessoal que atualmente é insuficiente;
- Apoiar ainda a Direção, para a marcação de dois dias de greve, caso a proposta que a CGD venha a apresentar, na reunião negocial de 30 de novembro no Ministério do Trabalho, se mostre inaceitável.
Mesa – Direção
Mesa – MAG