Decorrida a quarta reunião entre a CGD e o STEC, continuamos sem acordo, dada a posição intransigente da CGD, de não aceitar um aumento da massa salarial superior a 5,1%.
Nesta reunião a CGD admitiu poder vir a chegar aos 4% de aumento médio salarial, mas surpreendentemente o STEC foi confrontado com um “aviso”: ou chegamos a acordo ou a Empresa avançará unilateralmente com um adiantamento salarial, mas apenas para os trabalhadores do ativo, deixando de fora os trabalhadores pré-reformados e reformados.
O STEC não aceita que a CGD tente desvirtuar o processo de negociação coletiva estabelecido na Constituição da República e no Código do Trabalho, impondo unilateralmente adiantamentos salariais, que para além de serem discriminatórios por deixarem de fora os pré-reformados e reformados, são ilusórios por não se tratarem de aumentos salariais efetivos e definitivos.
Desde o início deste processo negocial que o STEC tem demonstrado total disponibilidade à mesa das negociações, tendo já reformulado a sua proposta mais que uma vez, sendo a última de 95€ para todos. Trata-se de uma proposta perfeitamente comportável com a sustentabilidade financeira de uma Empresa que se prepara para apresentar os maiores lucros da sua história!
A CGD aproveita-se do aumento máximo de 5.1% da Massa Salarial (de que a tabela salarial é apenas uma parcela) que o Governo estabeleceu como referência para as Empresas do Setor Empresarial do Estado, para impor um valor de atualização salarial abaixo da inflação prevista para 2023, não reconhecendo que em 2022 os trabalhadores e reformados foram brutalmente penalizados com uma inflação de 7.8% quando tiveram um aumento salarial de 0.92%, sem ter havido um aumento salarial intercalar, ao contrário do que o STEC havia proposto e desvalorizando o facto do custo de vida não parar de aumentar.
Sendo a CGD uma Empresa que se insere num mercado concorrencial, como aliás a Administração gosta de propalar de forma oportunista, sempre que pretende cortar direitos e rendimentos aos trabalhadores, é inaceitável o argumento apresentado quanto à limitação que quer impor.
Perante este preocupante quadro negocial, o STEC já solicitou uma audiência com o Ministro das Finanças, Partidos da Assembleia da República, bem como à Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças.
A Direção