A CGD foi distinguida pela Revista Human Resources, que premeia as melhores empresas de gestão de pessoas em Portugal, ao ser-lhe atribuído um prémio pela forma como promove o envelhecimento ativo e a preparação para a reforma.
Curiosamente pouco ou nada se sabe quanto aos critérios subjacentes a atribuição do mesmo, sabemos apenas que os nomeados são escolhidos pelos conselheiros da dita revista e que os leitores votam nos vencedores. Chega a ser caricato que leitores votem uma realidade que na generalidade desconhecem…
Em suma, um prémio sem fiscalização, supervisão ou critérios transparentes. Atribuído por “encomenda”? Ou trata-se apenas marketing empresarial perverso e imoral?
Um prémio que devia envergonhar quem o recebe, mas que, pelo contrário, o que se assiste é ao enorme descaramento de o divulgarem e, pasme-se, de com ele se enfeitarem!
Na CGD, a preparação para a Reforma e ajuda ao envelhecimento ativo traduz-se no PPR (Plano de pré-reformas) e RMA (Rescisão por mútuo acordo). De que forma? Através de diversas práticas que consubstanciam assédio moral sobre os trabalhadores que não aceitem a proposta da empresa… retirada de IHT, transferência de local de trabalho, alteração de funções. |
Para a redução de pessoal a Administração avançou com 2 planos: PPR e RMA. O RMA, excetuando situações específicas, não obteve grandes resultados, mas o PPR fez o seu caminho para os trabalhadores com 55 anos ou mais. Mas, logo que esta faixa etária se esgotou, a CGD começou a abordar quem tinha 53 ou 54 anos e foi então que as coisas se complicaram, já que as propostas apresentadas, são manifestamente lesivas para os destinatários.
Atribuir aos primeiros um valor de pré-reforma de 80% da remuneração, é bastante diferente… do valor de 60% que agora, sem justificação, exibem aos segundos!
Dois exemplos, em discurso direto, da atitude “edificante” que figuras da DPE revelam, nos aliciamentos a trabalhadores com 53 e 54 anos, para os forçar a aceitarem este PPR:
– “…diz o colega, que o valor de pré-reforma é insuficiente para si, até alcançar a reforma?
Temos uma sugestão… abandone o STEC e assim já poupa no valor da quota!”
– “…diz o colega que não consegue viver com o valor de pré-reforma que lhe apresentamos?
Temos uma sugestão… empregue-se num café, uma atividade onde há oferta de emprego!”
Estes exemplos, absolutamente verídicos, mostram duas coisas – o incómodo que o STEC representa para esta gente e o nível de argumentos a que são capazes de descer.
E depois, sem decoro, ainda se vêm vangloriar deste “prémio”!