Quinta-feira, 5 de Dezembro, 2024

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CGD já assumiu medidas de apoio aos trabalhadores
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Conforme comunicado no início desta semana, o STEC solicitou uma reunião com carácter de urgência ao Presidente da Comissão Executiva, no sentido de apresentar medidas que visem mitigar os efeitos desta histórica inflação e simultaneamente obter resposta da CGD à proposta de revisão da tabela salarial intercalar e excecional para 2022.

 

A Administração da CGD recebeu ontem o STEC mostrando abertura para discutir as medidas de apoio a tomar, para ajudar os trabalhadores a responder aos brutais aumentos de custo de vida que se estão a verificar. A CGD vai avançar com um pagamento extraordinário em dezembro que oscilará entre 600€ e 900€, de acordo com a remuneração mensal de cada trabalhador, desde que este aufira um rendimento mensal até 2700€. Dará também a possibilidade de o trabalhador antecipar o recebimento do subsídio de Natal de 2023.

 

Não vamos aqui tecer considerações sobre a maior ou menor valia destas medidas, porque como referimos no nosso último Comunicado, o mais grave era o estranho silêncio da CGD perante uma inflação já superior a 10% e a um custo de vida que não para de crescer.

 

Registamos assim positivamente esta decisão da Administração e só lamentamos a sua morosidade, quando outros Bancos e até mesmo Empresas de bem menor dimensão já o tinham feito.

 

Por outro lado, registamos negativamente que a Administração não esteja disponível para negociar a revisão intercalar e excecional da tabela salarial para 2022 conforme proposta apresentada pelo STEC.

 

Alega a CGD que nos últimos quatro anos (de 2018 até 2021) os aumentos salariais atribuídos pela Empresa foram iguais ou superiores à inflação, “esquecendo-se” ardilosamente de considerar a inflação prevista pelo Banco de Portugal para 2022 (7.8%) e atender ao aumento médio da tabela salarial alcançado no início do presente ano (0.92%) ainda num período em que ninguém poderia prever este esmagador aumento da inflação. Os trabalhadores e reformados da CGD confrontam-se agora com uma brutal redução do seu poder de compra, muito superior a qualquer aumento salarial atribuído em anos anteriores.

 

Desta forma, o STEC não abdicará que a negociação da tabela salarial para 2023 reverta esta indesmentível e substancial perda de poder de compra, reconhecendo-se os trabalhadores como uma mais-valia determinante para o funcionamento, imagem e resultados do Banco Público.

 

 

A Direção

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