Terça-feira, 21 de Janeiro, 2025

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CGD – Para onde caminha? Que futuro?
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A falta de pessoal nas agências é uma realidade que o STEC vem denunciando, com graves consequências nos trabalhadores, pela grande sobrecarga de trabalho, mas também na óbvia degradação da imagem da CGD, com o desespero dos clientes em esperas intermináveis…

 

Perante esta situação, de todo intolerável, com tem reagido a Administração?

 

– Instala um novo sistema de senhas e coloca nas agências com mais intensidade de atendimento, consultores, de uma empresa de Consultoria externa, a fiscalizar o trabalho de atendimento, seja este de tesouraria, abertura de conta, captação e contratação de negócio… Caixa azul ou Caixa Empresas…

 

A exigência é rapidez, sempre mais rapidez, para cumprir as metas de tempo estabelecidas! O tipo de atendimento e a recorrente falta de resposta dos meios informáticos, são detalhes sem valor e as advertências aos trabalhadores chegam a ser feitas despudoradamente à frente dos clientes!
Assim, os irrealistas e duvidosos tempos médios de espera, propalados pela CGD na ordem dos 22 minutos, estão continuamente a exceder-se e então como se responde a isso? Muito facilmente… chamam-se algumas senhas de uma só vez, e logo esse tempo médio diminui… criando-se assim um suporte estatístico que falseia a realidade, que apregoa o “mundo perfeito” que esta Administração quer mostrar… Uma CGD bem oleada e sem tempos de espera!

 

Mas não se fica por aqui! Estes consultores têm também instruções para promover a eliminação do papel da vista dos clientes. Será que um banco para ser digital não preciso de o ser e basta parecê-lo?

 

– Cria agências SMART, agências com um mínimo de trabalhadores (algumas têm apenas um) sem estarem garantidas as condições mínimas de saúde e segurança, isolando e colocando esses trabalhadores, numa situação de total vulnerabilidade. Privacidade e sigilo bancário também são inexistentes em algumas delas, para além dos clientes terem de esperar em pé, por vezes no exterior do Balcão, sujeitos a condições meteorológicas adversas. Não há serviço de tesouraria, originando a insatisfação de clientes particulares e empresas e um aumento de procura deste serviço nas agências circundantes, também elas afetadas pela escassez de trabalhadores… acresce o desespero da população mais carenciada que fica privada de um serviço básico bancário – depositar e levantar dinheiro! A população mais idosa, sobretudo no interior do país, geograficamente mais isolado, com mais dificuldades em utilizar os meios automáticos e onde os níveis de alfabetismo são ainda significativos, o que impossibilita a adesão a um cartão multibanco, é obrigada a percorrer vários quilómetros para chegar a uma agência com tesouraria onde possa movimentar o seu dinheiro…

 

É isto que se pretende do Banco Público? Abandonar e discriminar as populações e o interior? É assim que se respeitam os clientes e reduzem os tempos de espera na CGD? Onde fica a missão e a imagem do Banco Público? Onde está a tão apregoada satisfação do cliente? Que palavra têm o Governo, que tutela a CGD e as Autarquias, que representam as populações, sobre esta realidade?

 

O STEC não abdicará nunca de denunciar interna e externamente tudo que possa colocar em risco a imagem e o papel da CGD como Banco Público!

 

Os trabalhadores exigem condições de trabalho dignas e uma CGD pública que cumpra a sua missão de prestar à população um serviço bancário universal e de qualidade, um apoio diferenciador e uma intervenção positiva na economia nacional!

 

Ao Governo pergunta-se: É-lhe indiferente esta lamentável e trágica realidade que o Banco Público apresenta? O que unicamente pretende é a recolha anual das centenas de milhões de euros de dividendos, sem qualquer preocupação com a degradação que lhe está por detrás?

 

 

A Direção

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