Quinta-feira, 5 de Dezembro, 2024

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CGD quer impor aumentos salariais abaixo da inflação!
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Após seis reuniões negociais, está cada vez mais difícil chegar a um acordo salarial com a CGD!

 

E porquê? Porque a CGD não quer negociar, mas sim impor, aumentos salariais abaixo da inflação!

 

Com esta atitude, a CGD está a desvirtuar o processo negocial e a forçar o empobrecimento dos seus trabalhadores, ao impor um aumento salarial de 4.5% (média ponderada), quando a inflação do ano transato foi de 7.8% e a prevista para este ano pelo Banco de Portugal é de 5.8%!

 

O STEC ao contrário da CGD, tem estado sempre de boa-fé desde o início do atual processo negocial, a prová-lo estão as diversas reformulações das propostas apresentadas, situando-se atualmente em 95 euros de aumento igual para todos os níveis remuneratórios.

 

É também inaceitável, que a CGD queira impor este aumento salarial, quando se constata um aumento da produtividade dos trabalhadores, traduzida em lucros astronómicos de 843 milhões em 2022, numa Empresa, em que o Presidente da Comissão Executiva não tem dúvidas em afirmar que “…as Empresas têm de pagar melhor às pessoas”, mas naturalmente referindo-se a quaisquer outras empresas, que não à CGD a que preside!

 

Para agravar este quadro, a CGD tem ameaçado avançar com um adiantamento salarial de 4%, o que, a acontecer, afronta o processo negocial, empobrece os trabalhadores do ativo e atira para a “terra de ninguém” os reformados e os pré-reformados da CGD!

 

Se a tudo isto acrescentarmos a inflação dos preços dos alimentos que está há nove meses bem acima dos 10% e os Empréstimos à Habitação que sobem de forma galopante mês após mês, temos uma degradação contínua das condições de vida dos trabalhadores da CGD, que só podem deixar antever um cenário de fortes e preocupantes convulsões sociais internas!

 

Perante este quadro, o STEC afirma a sua total oposição a quaisquer aumentos salariais que contribuam para a manutenção do empobrecimento dos trabalhadores e dos reformados da CGD!

 

Aguardamos ser recebidos pelo Secretário de Estado do Tesouro, além da anunciada reunião com a Comissão de Orçamento e Finanças, já marcada para este mês.

 

Enviámos uma comunicação escrita à Administração da CGD com esta posição, mantendo toda a disponibilidade para negociar, num processo aberto em que ambas as partes possam ajustar as suas propostas, mas rejeitando a intransigência de uma limitação salarial que desvirtua e subverte o processo negocial. Aguardamos uma reposta, para definir os nossos próximos passos.

 

 

Mantêm-te atento e mobilizado!

É hora de lutar por aumentos dignos e justos para todos os trabalhadores da CGD!

 

 

A Direção

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