Quinta-feira, 5 de Dezembro, 2024

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CGD recusa aplicar o aumento extraordinário de 1%
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Na sequência do pedido de esclarecimentos do STEC à CGD sobre o aumento salarial extraordinário de 1% anunciado pelo Governo (Decreto-Lei n.º 26-B/2023) e aplicável às Empresas do Setor Empresarial do Estado, a Administração da CGD, vem mais uma vez mostrar-se indisponível para proceder a qualquer aumento extraordinário, desconsiderando e ignorando a orientação do Governo!

 

Mostrando completa insensibilidade social aos motivos que estão por trás desta decisão, nomeadamente, o reconhecimento do Governo da necessidade de uma rápida correção dos aumentos salariais já negociados pelo registo de uma inflação acima do que era previsto para 2023.

 

A CGD ignora as dificuldades que trabalhadores e reformados da CGD atravessam perante o inesperado aumento do custo de vida e de uma forma inaceitável, escuda-se dizendo que até ao momento não recebeu qualquer comunicação sobre o tema por parte do acionista…

 

Mas as desculpas e justificações vazias para não atualizar extraordinariamente os salários e pensões, não se ficam por aí: diz a CGD que recentemente atribuiu um prémio de desempenho aos trabalhadores, esquecendo-se de referir que deixou centenas de trabalhadores de fora e que o dito prémio, cujas regras de atribuição são desconhecidas, caracterizando-se pela sua discricionariedade, é de caracter irregular e limitado no seu alcance pois não abrange os pré-reformados e reformados.

 

Esta atitude é ainda mais condenável quando falamos do banco com maiores lucros no Setor, de uma Empresa que registou 843 milhões de euros em 2022, e onde se prevê que o produto bancário ascenda a quase 3000 milhões de euros este ano!

 

É completamente inadmissível e imoral que uma Administração, cujas remunerações aumentaram 12.5% em 2022, a que acresceram prémios de desempenho na ordem das centenas de milhares de euros, demonstre total intransigência e uma desmedida ganância quando se trata de partilhar parte dos lucros alcançados pelos trabalhadores através da devida atualização salarial!

 

O Governo não pode demitir-se da sua responsabilidade, devendo intervir neste processo, pois trata-se de uma orientação proveniente do acionista único da CGD e que a Administração pretende simplesmente ignorar!

 

O STEC já endereçou um pedido ao Gabinete do Ministério das Finanças exigindo explicações sobre o tema e solicitou audições aos vários partidos políticos e à Comissão de Orçamento e Finanças.

 

 

A Direção.

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