Na última reunião negocial com a CGD, o STEC voltou a confrontar-se com uma situação absurda e que é por si só a negação de um processo legal de contratação coletiva – a CGD coloca-se numa posição de intransigência negocial de não ir além de um aumento de 3,4% de média ponderada!
Ora, para se perceber melhor o que é isto de “média ponderada”, deve dizer-se que neste palavrão cabe tudo… menos o aumento direto propriamente dito! Uma média ponderada de 3,4%, traduz-se numa atualização salarial insignificante, considerando a percentagem que a CGD já adiantou como aumento, em fevereiro, de 3%.
Chamar a isto negociar, é amesquinhar e brincar com os trabalhadores da CGD que no período de 2010 a 2023 sofreram uma perda brutal de poder de compra nas suas remunerações líquidas entre os -11,4% e -22,1%! |
Quem apresenta lucros recorde de quase 1 300 milhões de Euros, não pode vir para uma negociação salarial, desvalorizar assim os trabalhadores e o seu esforço, precisamente aqueles a quem, e ao seu sacrifício, se devem tais lucros!
Porque estamos de forma séria e digna nas negociações, buscando sempre trabalhar para chegar a um consenso com a CGD, é frustrante e acima de tudo muito lamentável, ser depois confrontados com a posição radical do “quero posso e mando” que despreza por completo o que a Constituição da República e o Código do Trabalho dizem sobre negociação coletiva.
Face a esta “caricatura” de negociação, o que podemos informar é que o STEC mantém uma total seriedade negocial, que apresentou uma última proposta de 4,9% com 100 € de aumento mínimo e que aguarda resposta da CGD na próxima reunião negocial, dia 23 de maio, mas que por respeito ao esforço e sacrifício dos seus associados e dos trabalhadores em geral… não aceitou a proposta da CGD de 3,4% de média ponderada. |
A Direção