MOÇÃO
Considerando que:
- A CGD foi a Instituição Bancária que mais lucros obteve em 2020, para os quais os trabalhadores foram determinantes, estando na linha da frente durante a pandemia;
- O STEC apresentou à CGD, em 18 de janeiro de 2021, uma proposta de Revisão da Tabela Salarial e Cláusulas de Expressão Pecuniária, com aumento de 2% e com um mínimo de 35€, à qual não obteve resposta;
- Após o envio do processo de revisão salarial para o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) e respetivo pedido de passagem à fase de conciliação, em maio, decorreram três reuniões e a CGD continua sem apresentar uma contraproposta, por entender que não é o momento oportuno;
- Está em causa o desrespeito da CGD por um princípio estabelecido no Código do Trabalho e no Acordo de Empresa e que se trata de uma necessidade fundamental na vida dos trabalhadores e dos aposentados da CGD;
- A situação laboral que se vive na CGD deteriora-se dia após dia com o encerramento de muitos locais de trabalho e a brutal redução de trabalhadores, cerca de 150 agências e 2300 trabalhadores entre 2017-2020, tornando incomportável o salutar trabalho na empresa:
- mais exigências com menos trabalhadores, levando a um aumento de casos de assédio e de burnout;
- imposição de objetivos irrealistas;
- flagelo das horas extraordinárias não pagas;
- acréscimo de responsabilidades sem quaisquer compensações;
- assédio para forçar a adesão ao RMA e PPR, com a retirada de isenção de horário e transferência para outro local de trabalho.
- As condições na rede comercial tornam impossível a manutenção do atendimento de excelência e da imagem da CGD, que sempre existiu, enquanto banco público – quem “dá a cara” junto dos clientes defende a Caixa em todas as circunstâncias e recebe em troca um conjunto de ofensas morais e físicas.
Os Delegados Sindicais do STEC, reunidos em Lisboa, em 22 de julho 2021, decidem:
- Exigir da Administração da CGD uma negociação efetiva da Tabela Salarial e Cláusulas de Expressão Pecuniária para 2021;
- Repudiar o clima de medo, que se está a viver em toda a CGD no que respeita às relações de trabalho;
- Exortar os trabalhadores a não se deixarem paralisar pelo medo ou pelo conformismo, e a acreditarem sempre na importância decisiva da sua força coletiva;
- Participar na Concentração em frente à Sede da CGD, protestando e manifestando a revolta de todos os trabalhadores, que representam, pela grave insensibilidade social manifestada pela Administração da CGD;
- Apoiar a Direção do STEC na apresentação de um pré-aviso de greve para o dia 9 de agosto.
Lisboa, 22 de julho 2021