No sentido de mitigar o impacto da inflação e o aumento do custo de vida para trabalhadores e reformados da CGD, o STEC apresentou em primeira linha, uma proposta de aumento salarial intercalar para o 2º semestre de 2022, proposta essa que a CGD rejeitou, não permitindo sequer o início de negociações.
Entretanto, o Governo anunciou medidas genéricas, informando que todos os pensionistas iriam receber um complemento excecional em outubro, criado para reduzir o impacto da inflação, correspondente a metade do valor da sua pensão. Contudo, numa decisão penalizadora e altamente discriminatória, a legislação publicada deixou de fora, entre outros, os reformados da CGD, como se estes fossem imunes à inflação galopante.
Relembrar que o STEC, logo que tomou conhecimento da possibilidade de existência desta injustiça, contestou e opôs-se a esta discriminação enviando ofícios a solicitar o esclarecimento e intervenção ao Primeiro-Ministro, Ministro das Finanças, Administração da CGD e da CGA e teve também oportunidade de levar o assunto à Presidência da República. Porém, e apesar de todos os nossos esforços, a injustiça permaneceu.
Na sequência do anúncio de ontem, em que a CGD assumiu medidas de apoio aos seus trabalhadores, com um pagamento extraordinário entre 600€ e 900€ para todos aqueles que recebem até 2700€, as quais o STEC considera insuficientes e discriminatórias, dado não abrangerem uma grande franja de trabalhadores e excluírem todos os pré-reformados e reformados, a injustiça ficou mais vincada.
Nesse sentido, sabendo que a CGD não tomará medidas que resolvam esta injusta situação, o STEC informa que enviou nova carta ao Primeiro-Ministro exortando o Governo a intervir, dado que se trata da tutela da CGD!
Denunciámos a situação discriminatória que atinge os reformados e pré-reformados na CGD, destacando em contraponto o valor dos lucros que a CGD tem apresentado e que este ano até setembro já somam 692 Milhões de euros, bem como os dividendos que tem pago ao Estado, no sentido de forçar uma reapreciação do assunto. |
O STEC reitera que não abdicará que a negociação da tabela salarial para 2023 reverta a indesmentível e substancial perda de poder de compra a trabalhadores e reformados da CGD, apelando a todos para que acompanhem de perto esse processo, manifestando o seu apoio no endurecimento de formas de luta que se mostrem necessárias a esse objetivo!