Ao longo dos últimos anos, em matéria salarial, sempre foi possível chegar a um acordo entre o STEC e a CGD, mas desta vez, após 8 reuniões negociais, para o STEC, basta! A CGD não quer negociar! A CGD quer apenas impor!
Recordamos um velho ditado popular que diz “quem mais tem… mais quer”. Ora, isto aplica-se como uma luva, a esta Administração que, alcançando lucros históricos e inimagináveis, esquece-se e desvaloriza o sacrifício dos trabalhadores que os conseguiram, apenas pretendendo obter lucros ainda mais altos, elevando os objetivos a atingir e deleitando-se com autoelogios!
Uma indignidade e uma falta de respeito por aqueles a que gostam de chamar… “colaboradores”!
E assim, quando se trata de negociar condições de trabalho, salários ou medidas de âmbito social, a Administração que rege a CGD determina à partida as suas condições, “faz de conta” que negoceia e sobranceiramente, ignorando tudo e todos… dali não sai!
Esta Administração que assim gere a CGD, é a mesma que:
- encerra Agências, transfere os respetivos clientes para outras, mas sem a devida compensação em termos de quadro de pessoal, forçando os trabalhadores a realizarem milhares de horas de trabalho suplementar não remunerado;
- abre agências denominadas de “SMART” cujo conceito é substituir os trabalhadores por máquinas automáticas, sem tesouraria, com um quadro de pessoal deficitário e sem qualquer preocupação com as necessidades da população;
- acaba com a limpeza diária das agências suprarreferidas, desvalorizando as mais elementares regras de segurança e saúde;
- fica insensível aos crescentes e graves casos de burnout e às múltiplas baixas médicas que daí resultam!
- promove uma política de contratação que viola o princípio da igualdade retributiva, onde se oferecem melhores condições salariais a quem entra de novo, do que as auferidas por quem já trabalha na CGD há mais anos, possuindo um vasto Know how e que… ainda ajuda à integração/formação desses novos;
- parece apostada em pôr em causa a existência dos nossos Serviços Sociais (subsistema complementar de saúde), retirando-lhes meios e limitando-os financeiramente!
Ora, a mesma Administração decidiu agora que a última proposta de acordo salarial apresentada pelo STEC (4,1% de aumento, com um mínimo de 79€ e com a atualização das diuturnidades congeladas há 5 anos), representava um custo insustentável, que… punha em causa a sustentabilidade financeira da CGD!
Como conceber que o STEC continuasse as negociações depois de ouvir isto?
Face a esta posição da Administração da CGD, que é um ataque à dignidade dos trabalhadores da CGD e uma ofensa à sua inteligência, o STEC decidiu levar a negociação para o Ministério do Trabalho, requerendo o início da fase de conciliação na Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), na expectativa que, pelo menos aí, as regras de negociação e bom senso, sejam respeitadas e dignificadas.
A Direção do STEC manterá todo o empenho e dedicação na obtenção de uma atualização salarial para o ano de 2024 consentânea com o aumento da produtividade dos trabalhadores da CGD, espelhada nos lucros históricos da Empresa, e que permita recuperar algum do poder de compra perdido nos últimos anos. |
A Direção