A atribuição de prémios e incentivos comerciais na CGD decorre inteiramente de uma decisão da Administração, à qual o STEC é rigorosamente alheio, já que não se engloba em matéria negocial no âmbito das convenções coletivas.

Não obstante, o STEC sempre defendeu junto da gestão alterações e correções a um sistema de atribuição de prémios e incentivos comerciais que os trabalhadores caracterizam como sendo arbitrário, enganador e extremamente complexo.

Entre as principais falhas deste sistema de incentivos comerciais, que a Administração da CGD persiste em não solucionar, estão:

• Objetivos comerciais atribuídos que são frequentemente irrealistas e inalcançáveis;
• Métricas e ponderáveis pouco percetíveis com constantes alterações;
• Pagamento de prémios com valores errados que são abusivamente retificados, debitando-se os trabalhadores após vários meses, o valor que alegadamente terão recebido a mais, sem a devida explicação e pedido de desculpas por essa injustificável falha na contabilização;
• Orçamentação de valores que não permitem cumprir o pagamento dos prémios pelos valores previstos e anunciados, com base nos objetivos alcançados;
• Ferramenta MIRA que deveria funcionar no apoio à venda, transmitindo informações fidedignas é afinal um autêntico entrave, face às informações recorrentemente incorretas, conseguindo, inclusive, a “proeza” de no mesmo dia apresentar dois valores de prémios a receber diferentes, sendo que aquando do efetivo pagamento, nenhum deles se concretiza.

A tudo isto acresce a situação particular dos Gestores de Cliente que na generalidade das agências da CGD, estão impossibilitados de se dedicar em exclusividade à sua carteira, pois face à gritante falta de trabalhadores, são forçados a realizar atendimento geral, com prejuízo do devido tratamento da sua carteira, apesar da exigência e da pressão para a concretização de objetivos desconsiderar em absoluto essa realidade.

Adicionalmente constata-se que, injustamente, os critérios de contabilização do negócio que angariam, não impacta na totalidade nos seus objetivos, designadamente, quando o cliente pertence a outro Órgão de Estrutura, o que é altamente desmotivador e no limite, contraproducente para a própria Empresa.

O STEC relembra, que ano após ano lhe é transmitido pela Administração, que a impossibilidade de dar aumentos salariais superiores, se deve à generosidade da majoração dos prémios e incentivos atribuídos, o que obviamente é um grave ataque à Contratação Coletiva!

O STEC acaba de remeter um ofício ao Presidente da Comissão Executiva da CGD, solicitando a urgente correção destas lacunas, por forma, a que uma ferramenta que se pretende motivadora dos trabalhadores da rede comercial, não se transforme em mais um fator de injustiça, revolta e frustração!

A Direção